Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
25 de Abril de 2024

Menor assassino não é problema social, diz Eduardo Paes

Prefeito do Rio afirma que a região turística da Lagoa, onde ciclista morreu esfaqueado, 'não é mal cuidada' e que 'jovens infratores são caso de polícia'

há 9 anos

Menor assassino no problema social diz Eduardo Paes O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse nesta quinta-feira que os menores suspeitos de matarem a facadas o médico e ciclista Jaime Gold, de 57 anos, precisam ser tratados como "delinquentes". "O que a gente vê nesses casos é uma pessoa que sai armada de uma faca, agride, a ponto de levar essa pessoa à morte. É um delinquente que tem que ser tratado com a dureza da força policial. Não tem jeito. Isso não é um problema social", disse o prefeito. Responsável pela política de Segurança Pública no Rio, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), aliado de Paes, preferiu criticar a liberação de menores infratores pela Justiça em reação ao latrocínio. Pezão disse que apenas ação das polícias Civil e Militar não era o bastante para evitar os crimes.

Nesta quinta, um adolescente de 16 anos foi apreendido pela polícia suspeito de participação no crime na Lagoa Rodrigo de Freitas, área nobre na Zona Sul do Rio. "Criança, menor, praticando crime é um problema de polícia, não é um problema social. O poder público tem a responsabilidade de acolher, mas quando você tem alguém esfaqueando a ponto de matar, isso deixa de ser um problema social e passa a ser uma ação criminosa" , defendeu. "A gente precisa diferenciar o delinquente do problema social. Não se pode justificar tudo pelo problema social."

Na avaliação de Paes, muitas vezes crimes são atenuados com a justificativa de que são praticados por menores de rua ou em situação de vulnerabilidade social, o que nem sempre é o caso. "Isso ficou claro naquele episódio que teve na Rio Branco que a TV Globo mostrou e se dizia 'ah, o menor, o problema social', e depois se viu que ele tinha 24 anos na cara e estava pela Avenida Rio Branco esfaqueando. Quando a polícia entrou acabou essa história" , destacou o prefeito, lembrando do caso recente de um homem que sofreu facadas numa parada de ônibus. "A gente tem desafios enormes no Rio no campo social, mas isso não pode justificar tudo. Isso levou o Rio a muitos problemas no passado."

Sobre as críticas à insegurança na região da Lagoa, um ponto turístico do Rio, Paes disse que "não é um lugar mal cuidado". Ele disse que a iluminação, uma responsabilidade da prefeitura, foi trocada há cerca de dois anos, com a instalação de postes abaixo da copa das árvores e com luzes de Led. No entanto, os assaltos e furtos continuam a ocorrer. No mês passado, outro ciclista de 14 anos também havia sido esfaqueado na ciclovia da Lagoa, uma das mais movimentadas da cidade, e um homem recebeu golpes de faca durante um assalto em Ipanema, perto dali. Recentemente, uma mulher também foi vítima de facadas em Laranjeiras. No Centro do Rio, na Avenida Rio Branco, três jovens tentaram roubar o cordão de um homem de 52 anos e desferiram quatro facadas nele no início deste mês. E nesta quarta, após a morte de Jaime Gold, uma mulher de 31 anos foi esfaqueada durante um assalto em São Conrado.


http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/isso-naoeum-problema-social-diz-paes-sobre-morte-de-medico...

  • Publicações462
  • Seguidores769
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações604
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/menor-assassino-nao-e-problema-social-diz-eduardo-paes/190253294

54 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Achei corretíssimo o que disse o Prefeito,atribuir a questão social é ser um idiota e ser hipocrita!!!É uma questão criminal,é a falta de indole. continuar lendo

Concordo com o Prefeito e com você e vou mais além, é problema de "educação familiar" tambem, vez que os pais colocam filhos no mundo e a partir dos 9 ou 10 anos "deixam" para os professores nas escolas ou a vida cuidar e aperfeiçoar a educação deles, ou seja, fazem os filhos e deixam para o governo e a sociedade o encargo de cuidar.... continuar lendo

O Marcus me confundiu, disse que não é problema social, depois disse que é porque os pais deixam a responsabilidade de educação para os professores. Afinal é social ou não é?

Quanto ao comentário da Acacia: "é falta de indole". Antes de dizer se concordo ou discordo, gostaria de saber como é formada a indole de uma pessoa? continuar lendo

João Donato, você parece querer saber conceitos que nem mesmo você sabe, caso contrário teria exposto. Evidente que a questão social a que todos se referem diz respeito às falácias de vocês que se pormos uma escola em cada esquina o Brasil se torna uma Noruega. Quanto à índole, chega a ser cômico uma pessoa não saber diferenciar uma índole boa de uma má. Será que você não observa o mundo e vive fechado em seu próprio? continuar lendo

João Donato; Você só pode estar de gozação. É inacreditável um Bacharel em Direito não saber o que é índole, e querer saber como se forma a índole de uma pessoa. Índole e caráter são sinônimos. E são formados dentro de uma família constituída por pessoas de ilibada conduta geral, e de princípios morais e éticos. Daquelas famílias que são raras nos dias de hoje. Onde conforme o Marcus Venicius Cera já disse no seu comentário, hoje as famílias pensam diferente das famílias de outrora. As famílias de outrora costumavam dizer: "Eu crio e educo o meu filho para o mundo" A maior parte das famílias de hoje só põe os filhos no mundo. Nem os cria, e muito menos os educa. E o cidadão que é jogado no mundo ainda na tenra idade. Jamais saberá o que é índole, ou caráter. E ao se juntar com outros de sua iguala, ai é que a coisa degringola. Sem contar que normalmente estes indivíduos são o que se poderia chamar de estorvo na sociedade. Seus pais, despreparados para cuidarem da sua educação, até tentam por um certo tempo. Mas depois acabam reconhecendo que que fracassaram e que por mais que se esforcem, passarão a vida toda dando murro em ponta de faca. Basta que se levante a vida de crimes da maioria destes menores considerados perigosos, e descobrirão que grande parte deles já tem uma ficha corrida nas delegacias que, os credenciam a serem comparados a grandes criminosos adultos. E tudo começa e termina, como no caso do menor que matou o médico, porque acontece como nos é explicado no belo poema de Eduardo Alves da Costa, que diz assim:

Tu sabes,
conheces melhor do que eu a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E como nunca dissemos nada
E já não podemos dizer nada. continuar lendo

Como este País ainda precisa evoluir! A questão não é somente social, mas como multidisciplinar. Povo hipócrita! continuar lendo

E mais fácil dizer que os menores infratores são demônios do que o Estado fazer sua função, com educação, saúde e segurança. Eu não conheço o menor, mais se for verificar o passado dele, com certeza teve família desestruturada, pouca escolaridade, ambiente que não favoreceu para ser um cidadão de bem. Eu não estou aqui para defender o menor, ele deve ser punido conforme a lei, mas o senhor prefeito sabe que a solução deste problema não é simplesmente com força policial, é muito mais complexo, que demanda muito tempo, tempo este que não é interessante para ele e outras autoridades publicas resolverem, pois eles se importam somente com seus interesses particulares.
Já dizia Pitágoras:
"Eduquem as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." continuar lendo

Compare o numero de infratores com o de menores com vida desestruturada, Silvio. Para de generalizar. continuar lendo

Zuleica, você acha que os menores infratores, eles tiveram uma família estruturada? com educação, lazer, saúde, segurança oferecida pelo nosso Estado? isso passa de geração para geração. O foco deve sair da penalização e verificar o que realmente leva os jovens a terem comportamentos deste tipo. continuar lendo

Ele está mais que certo no que disse.
É como ele disse, há casos e casos, o problema é que generalizam como problema social, a exceção passa a ser regra. Por isso que está essa bagunça. Cometeu crime, feriu alguém?... cadeia! continuar lendo